quarta-feira, 20 de maio de 2009

Álbum: Feels Like Home – Norah Jones

Norah Jones não é uma exatamente o maior exemplo de sucesso entre as cantoras jovens dos últimos anos. De fato, a nova-iorquina sempre agradou mais aos críticos e ao público mais velho, saudoso do tempo em que o jazz era o som mais popular e as danças eram bem mais lentas do que as de hoje. Em 2001, quando a garota de 23 anos lançou seu Come Away With Me, um par de hits chegou a tocar nas rádios e de uma hora para outra novas cantoras nem tão talentosas que pretendiam fazer jazz estouraram mundo afora. A bem da verdade, não há nada de excepcional ou diferenciado na música de Jones, mas há uma espécie de sentimento tão despretensioso e uma sonoridade tão casual em seus acordes que, de alguma forma, a cadência da música faz o ouvinte embarcar no ritmo e, quando menos se espera, aquele sentimento expresso em palavras tão ao acaso chega forte aos ouvidos e a emoção. O que Jones faz é música de alma para alma, e me desculpe quem prefere ouvir o pop perfeitinho das “Britney Spears” por aí, algo bem mais verdadeiro do que 90% do que se faz na música atual.

 

Feels Like Home, segundo álbum da cantora, lançado no já longíquo 2004, soa como uma evolução para o som sem grandes arrojos que soava de forma competente e etérea em Come Away With Me. A bem da verdade, é um álbum mais puro, que aposta mais na sonoridade crua e sem os toques artificiais que as vezes prejudicavam o andamento das canções no anterior. A voz de Jones, também, está mais amadurecida, mais firme, menos sussurrante e mais segura. Já em uma das primeiras faixas, “What Am I to You” (Don’t fill my heart with lies/ I will love you when you’re blue/ But tell me darling true/ What am I to you?), a rouquidão leve que soava no álbum de estréia é trocada por uma interpretação mais forte e segura de uma canção com toques mais balançados e, surpresa, uma guitarra de fundo excepcionalmente bem colocada. Não muito depois de algumas faixas no mesmo ritmo, “Carnival Town” (Round and round/ Carousel/ It got you under its spell/ Running so fast/ But going nowhere) diminui a marcha e se utiliza bem de um melancólico violino para se tornar a melhor de todo o álbum. É quando chegamos em “In the Morning” (Dark like the shade corner inside a violin/ Hot like to burn my lips/ I know I can’t win) e as influências de country aparecem de forma sutil no som de Jones. O resultado é uma deliciosa balada de ritmo embriagante. Em compensação “Be Here to Love Me” (But who cares what the night watchmen say/ Stage has been set for the play) se perde nas mesmas influências e encontra pouca força no exagero. “Toes” (The current is strong from what I've heard / It'll wisk you down the stream/ But there never seems to be much time) poderia ser uma boa música se não estivesse no meio termo entre entre as duas anteriores e não tivesse uma letra tão desconexa. Dois erros menores em comparação com a divertida “The Long Way to Home” (Money’s just something you throw off the back of a train/ Got a handful of lghtening/ A hat full of rain), outra séria candidata a melhor do álbum com seu ritmo bem marcado, e a linda “Don’t Miss You at All” (As I sit and watch the snow fallin’ down/ I don’t miss you at all), uma carta confessional e melancólica que definde de uma vez por todas o que Norah Jones representa para a música atual. Como diriam os nostálgicos: Norah é música de verdade.

- Link para download: http://www.torrentreactor.net/torrents/2986686/Norah-Jones-Feels-Like-Home-%282004%29-FLAC-4834836-TPB

3 comentários:

SiM SIM... norah jones émuito boua,ouvi ela poucas vezes mas gostei muito.


*-*

ah obrigado pelo comts, aborto é uma polemica sim , pois envolve muitos valores eticos e familiares sem contar os religiosos.
beijos!!

Muito bom seu blog, gostei muito das postagens e do visual tbm...
Parabens e sucesso!
Bjo!

http://webmaster-jp.blogspot.com/

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