quarta-feira, 6 de maio de 2009

Paixão musical da semana – Colbie Caillat

Não é preciso nada demais para fazer boa música. Basta um pouco de bom gosto, uma voz bem colocada e uma melodia simples e agradável. Claro, eu estaria sendo hipócrita se dissesse que é fácil para qualquer um por aí pegar um instrumento e sair compondo canções a torto e direito. Se fosse, não havia música ruim e certamente não haveriam gostos diferentes. De qualquer forma, o ponto é que as vezes a complexidade de arranjos, os recursos técnicos tão evidentes hoje em dia e a progressiva “digitalização” da música com blips e sons artificais enchendo os ouvidos na música pop, pode tornar a música algo mais divertido, mas certamente mais superficial. Afinal, o cinema e a vida já nos mostraram que o que há de mais emocionante e marcante não passa de um sentimento simples. Pode parecer piegas e pode parecer coisa de crítico fraco que se deixa derreter por uma voz aveludada, mas é impossível negar que pouca gente faz o estilo de música de Colbie Caillat.

A bem da verdade, não há nada que indique as músicas de Coco, álbum de estréia da americana, sejam excepcionais. Simplesmente porque elas não desejam ser, e ainda assim conquistam o ouvido e a mente como poucas nos últimos tempos. O que Colbie faz é música para gostar, não música para analisar. É divertido, é sincero, é simples e é irresistível. O disco abre com “Oxygen” (How am I suppose to tell you how I feel/ I need oxygen), uma canção de amor balançada que abre com o espírito de liberdade que impregna todas as outras faixas do disco. “Dreams Collide” (I close my eyes and try to hide/ But I wait, when this dreams collide) tem um riff fácil para assoviar e uma letra confessional que, como os sentimentos de verdade, vem como um turbilhão que muitas vezes não faz sentido. O hit “Bubbly” (Wherever it goes I always know/ That you make me smile, please stay for a while/ Just take your time, wherever you go) acerta em cheio no romantismo e é capaz de fazer aflorar um sorriso até no dia mais cansativo. Colbie tropeça um pouco em “Tailor Made” e “Feeling Show”, canções que poderiam soar bem na voz de gente como Avril Lavigne, mas não se adaptam em seu timbre mais grave. Um par de pequenos deslizes que não apaga o ritmo contagiante de “Midnight Bottle” (And everything is allright/ If only for tonight) ou a melodia encantadora de “Magic” (And all I see is your face/ All I need is your touch) uma lamentação apaixonada que conquista o ouvinte com poucos acordes. Por fim, o pico do disco é “Capri” (Adn things will be hard at times/ But I’ve learned to rry/ Just listening/ Patiently), em que uma Colbie flertando com o folk solta a voz e deixa sua impressão na memória. Uma canção que define bem o sentimento de pureza e liberdade depois de ouvir Coco de ponta ponta. Apaixone-se você também.

- Link para download: http://thepiratebay.org/torrent/3983374/Colbie_Caillat_-_Coco_(2007)

3 comentários:

mais uma vez concordo com a dica musical

só acho que ela foi prejudicada pela famosa "superexposição" de uma música, que talvez tenha saturado sua voz por um momento...

mas é algo bom para curtir num domingo pela manhã, qndo você acorda feliz querendo abraçar o Sol

eu não conheço essa cantora...mas vou procurar saber mas a respeito...

Thanks :)
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